IBGE: em 2022, MEIs no Brasil correspondia a 18,8% do total de ocupados formais Expandir ou colapsar descrição Em 2022, havia 14,6 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil. Esse número corresponde a 18,8% do total de ocupados formais. É um crescimento de 1,5 milhão de MEIs em relação a 2021. Os números são do IBGE.

Rio, 21/08/2024 – Em 2022, 18,8% das pessoas trabalhando formalmente no País atuavam como microempreendedores individuais (MEIs), totalizando 14,6 milhões de profissionais ocupados em condições formais no mercado de trabalho. Os dados são do estudo Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais 2022, divulgados nesta quarta-feira, 21, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em comparação com 2021, o número de microempreendedores individuais aumentou 11,45%, representando 1,5 milhão de trabalhadores a mais. A proporção de MEIs no total de trabalhadores formais, porém, diminuiu em relação àquele ano, quando estava em 19,1%. Aumentou o número de MEIs no mercado de trabalho, mas aumentou ainda mais o número de trabalhadores em ocupações formais, justificou o pesquisador Thiego Ferreira, responsável pelo estudo do IBGE.

De 2021 para 2022, avançou também o número de MEIs que eram empregadores, aqueles que possuíam um funcionário: de 104,1 mil para 133,8 mil no período.

Sete em cada dez MEIs ativos (69,4%) tinham aderido à modalidade nos últimos cinco anos. Quase metade dos MEIs (48,6%) tinha se filiado apenas nos últimos três anos. Em 2022, 18,1% dos MEIs tinham somente até 1 ano de filiação.

ENTRADAS E SAÍDAS

No ano de 2022, o saldo positivo de 1,5 milhão de MEIs resultou de 2,664 milhões de novas adesões (2,626 milhões de aberturas de CNPJs nessa modalidade e mais 39 mil CNPJs pré-existentes que migraram para o MEI) e 1,173 milhão de saídas (929 mil CNPJs com atividade encerrada e mais 244 mil CNPJs com migração para outro regime).

Dos 2,6 milhões que aderiram ao MEI em 2022, 1,7 milhão vinham de um desligamento anteriores de empregos formais. Desse contingente, 60,7% foram demitidos involuntariamente, por decisão do empregador ou por justa causa. “A maioria dos MEIs acaba sendo de empreendedores por necessidade”, confirmou Ferreira.

Houve um avanço também no número de pessoas atuando concomitantemente como microempreendedores individuais e como ocupados com vínculo empregatício: essa fatia que conciliava os dois tipos de trabalho aumentou de 2 milhões de pessoas em 2021, o equivalente 15,0% dos MEIs ativos naquele ano, para 2,5 milhões em 2022, 17,3% dos MEIs existentes.

O IBGE verificou ainda a incidência de microempreendedores inscritos no Cadastro Único (CADÚnico) do governo, que reúne dados de famílias brasileiras de baixa renda para eventual inclusão em programas sociais. Dos MEIs ativos, 4,1 milhões (28,4%) estavam presentes no CADÚnico, sendo 2,1 milhões deles beneficiários do Auxílio Brasil/Bolsa Família.

PERFIL DO MEI

Quanto ao perfil dos microempreendedores, 53,6% eram homens e 46,4%, mulheres. Na média, os MEIs tinham 40,8 anos de idade, e 38,0% trabalhavam em casa.

Mais da metade dos MEIs atuavam no setor de Serviços (51,5%), e outros 28,2% trabalhavam no Comércio. A Construção reunia 9,4% dos MEIs existentes, mas eles respondiam por 31,4% de todos os ocupados existentes no setor.

O Estado de São Paulo concentrava 4,0 milhões de MEIs (27,4% do total nacional), seguido por Rio de Janeiro (1,6 milhão, ou 11,3% do total) e Minas Gerais (1,6 milhão, ou 11,0%).

O Rio de Janeiro tinha a maior proporção de ocupados formais atuando como MEIs, 24,5%, seguido pelo Espírito Santo (23,4%). As menores participações dessa modalidade de trabalho na ocupação formal ocorreram no Acre (13,0%), Maranhão (14,0%) e Amapá (14,0%).

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